domingo, 2 de dezembro de 2012

A INTERNET E AS VIDAS PARALELAS


O Brasil tem passado por uma notória onda de crescimento, o que possibilitou o advento de vários recursos tecnológicos ao brasileiro de um modo geral, cito aqui como exemplo o acesso a computadores e a internet, o que de certa forma democratizou a difusão das informações, essas que outrora num passado muito próximo eram oligopolizadas por alguns meios de comunicação que detinham o poder de informar, e que diante da fragilidade educacional que assolou, assola e assolará os brasileiros ainda por um bom tempo, sempre  manipulou e distorceu as informações. Pois bem com tudo que já foi exposto espera-se que finalmente o povo acorde e se liberta das algemas da mídia, mas contrariando as expectativas, o povo tá mais alienado que nunca, o que se vê é uma massa vazia e altamente alienada, o que deveria ser uma ferramenta libertadora, só trouxe mais manipulação e escravidão de um povo, escravos do consumismo desenfreado. As redes sociais, que por sua velocidade e amplitude de alcance, poderiam de fato democratizar a informação, mas o que se observa é justamente o contrário,  as pessoas só usam as redes para amplificar o alcance dos mesmos veículos de comunicação que sempre detiveram o poder da informação.

É engraçado ver como de uma hora para outra as pessoas perderam a capacidade de pensar e passaram a replicar o que famosos e celebridades artísticas insinuam ser a verdade absoluta, é fácil encontrar dentro das redes sociais correntes contra ou a favor de algo só porque a estrela da novela do horário nobre se mostrou imbuída em tal causa. De repente todos viraram revolucionários, revoltados contra... contra o que mesmo? De uma hora pra outra todos viraram pessoas sensíveis, compreensivas, fraternas, despidas de preconceitos, nacionalistas, enfim defensores da moral e dos bons costumes, que já é algo que soa nojento, mas basta desligar seu computador, que esta ligado numa tomada abastecida por um gato de energia, e desligar seu moden Wi-fi que esta roubando sinal de internet do vizinho que todos voltam a velha vida de antes, onde são intolerantes, acomodados, arrogantes e etc.

Hoje é legal, é descolado queimar políticos na fogueira da santa inquisição cibernética, aponta-los como totais responsáveis pro tudo ruim que acontece no mundo, e fazem isso no computador do emprego, onde é terminante proibido utilizar as redes sociais, inclusive tais sites são bloqueados com senha, mas advinha só! O moralista conseguiu a senha corrompendo o técnico da informática, pois é, esse é povo que se julga acima da verdade.

Por fim digo que podem afirmar tudo sobre o povo brasileiro, só não diga que não sabem atuar.

A SAÚDE E A NATURALIZAÇÃO DAS SUAS CONQUISTAS


Desde o início do século XX o Brasil busca uma forma de atenção a saúde para suprir as necessidades da população, desde o formato das caixas que visavam a proteção da produção, prestando cuidados de saúde aos trabalhados até o nosso Sistema Único e UNIVERSAL de Saúde.
Muitos que hoje se prestam ao papel de se pronunciar em favor do fim do SUS não conhecem a realidade que existia antes de se ter um sistema de saúde Público e Universal, e os que viveram, parecem não lembrar, parecem que esqueceram de quantas vezes tiveram que provar que eram trabalhadores “fichados”. Mas esse é o mal do povo que não valoriza suas conquistas.

Ultimamente os noticiários mostraram bem o quanto o presidente da maior potência econômica do planeta, Barack Obama, tem tentado buscar um sistema universal e não tem obtido êxito, pois é preciso lutar contra toda um indústria que se sustenta as custas da saúde de um povo, no Brasil a história mostra que também não foi fácil, muito suor e sangue foi derramado, porém nada disso tem valor, pois as pessoas acham que tudo isso que temos direito hoje, sempre existiu e só fez piorar. É fato que a saúde no Brasil não atravessa um bom momento, mas isso não se deve apenas a rede pública, as rede privada, que muitos pagam horrores em planos de saúde, e no final do ano pedem restituição ao governo, também vai mal das pernas, mas ainda assim os Alexandres Garcias da vida insistem em apontar como solução a privatização da saúde. Será que essa é a solução? Entregarmos tudo nas mãos da inciativa privada? Se com a coisa pública nós já não cobramos, nós não fiscalizamos, creio que essa é a pior alternativa.
Precisamos fortalecer o SUS, mas isso só poderá ser possível quando a sociedade civil de fato for organizada, quando os homens e mulheres de bem adentrarem os espaços como por exemplo os conselhos de saúde, quando pararmos de pautar nossas vidas pela mídia burguesa que defende seus interesses escusos a qualquer custo, quando de fato fizermos algo por nós mesmos, sejamos os donos da nossa própria liberdade. Só reclamar não basta, mexa-se, faço algo, saia da zona de conforto, pare de seguir o toque do plinplim e acorde.

“Vamos amigo lute, vamos amigo ajude, senão a gente acabada perdendo tudo que já conquistou”